quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mercado Varejista cresceu sem abertura de novas filiais.


Esta semana foi divulgada a 38ª edição do Relatório Anual da revista Supermercado Moderno, sem grandes mudanças no topo do ranking, que continua com os gigantes Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart encabeçando esta lista. O relatório também conclui que o mercado varejista cresceu muito, mas com mesmo número de lojas, sem abertura de novas filias. Além disso, a rede Zona Sul (RJ) apareceu pela terceira vez seguida como a empresa brasileira com maior faturamento por m². Ao todo, a pesquisa escutou 460 empresas em todo o país.A alta real nas vendas do Carrefour foi de 19,5%, contra 11,9% do Pão de Açúcar e 6,9% do Wal-Mart. Essa diferença do Carrefour para os concorrentes aconteceu devido à incorporação do Atacadão, acima de tudo ao bom desempenho desse eficiente grupo, que tem um perfil de loja para o público C e D, eficiência comprovada com os 3% de crescimento registrado pela rede. O do Pão de Açúcar reestruturou toda a sua organização, com isso conseguiu ganhos operacionais e mais agilidade na tomada de decisões, com a criação das diretorias regionais. Já o Wal-Mart é o que caminha mais lentamente, porém o mais sólido, segundo Sheila Hissa, diretora executiva da revista Supermercado Moderno. A rede também foi a única que cumpriu sua meta e abriu 25 novas lojas pelo País.Uma série de fatores explica o crescimento do mercado varejista mesmo mantendo o número de lojas. Um deles é o simples aumento de consumo - as pessoas estão com maior poder de compra - aliado a maior eficiência das redes. Estas se profissionalizaram e investiram na melhoria em comunicação, principalmente em mídia digital, segundo Maurício Pacheco, diretor da revista Supermercado Moderno.O faturamento médio desse mercado foi de 10,6%, mas cerca de 70 redes cresceram acima deste percentual. A Palomax (SP) com 55,3% e a Mercantil Bastos (MG) com 47,5%, foram os grupos que apresentaram taxas elevadas de crescimento.O número de empresas que faturaram mais de R$ 1 bilhão também cresceu. Até 2004 eram apenas sete companhias - agora já são 16 empresas que participam desse seleto grupo, que a partir deste ano conta também com Condor (PR), Líder (PA), Sonda (SP) e Guga (MG).Mais uma vez, o Relatório mostrou que as lojas do Nordeste estão crescendo mais que das demais regiões brasileiras, com um aumento de 19,7%, que movimentam aproximadamente R$ 5,6 bilhões. Este mercado está aquecido no Nordeste devido ao programa Bolsa Família e ao investimento do Ministério do Desenvolvimento na região, fatores que fizeram com que o número de consumidores no mercado aumentasse. O comércio da região também se profissionalizou, o que possibilitou o desenvolvimento do varejo.Pacheco afirmou que as expectativas do setor para o ano de 2009 são boas, já que varejo de autosserviço sempre cresceu. Ele acredita numa alta de 3,5% a 4%, mesmo com os varejistas falando em crescimento perto de 8%. Já os hipermercados devem sofrer novas quedas nas vendas, seguindo a tendência dos últimos anos. Esse formato está perdendo espaço para as lojas de vizinhança, segundo o diretor da publicação.
O que vemos, neste texto acima, é o crescimento do consumo no varejo alimentar, mais focado em menores formatos e claramente ambasado no aumento da renda, de modo especial no Norte&Nordeste. Chama a atenção o menor crescimento do formato Hipermercado e o forte crescimento dos formatos de vizinhança, o que nos leva a entender que o consumidor busca conveniência mais que preços, uma vez que estes não são exageradamente diferentes nos formatos Hiper e Vizinhança.

Fonte Jornal Meio&Mensagem Online com comentário adicional de Soluções Integradas em Marketing.

2 comentários:

  1. Fica a pergunta comodidade vale mais do que preço, desconto sobre volume, crédito facilitado que os grandes Hipers podem oferecer? Para quem, para uma parcela significativa dos consumidores ou para uma seleta fatia de usuários?

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  2. Rosângela, pelo que vejo tem sido uma leitora frequente deste blog que completará uma semana nesta sexta-feira, dia 24 de Abril. Grato por ser leitora e mais ainda pelos comentários. Indique este blogo aos amigos e colegas, isto enriquecerá qualquer tema a ser discutido.

    Sobre sua pergunta, o que vale é comodidade e isto independe da classe sócio-econômica da população. Quem vai fazer compras de grande volume, independentemente da renda, busca hipermercados ou atacados como o Atacadão, Maxxi ou outros. Mas estas compras não são frequentes e quando há que ter frequência a conveniência fala mais alto. Conveniência é a proximidade, a adequação do mix à vizinhança, os serviços que podem nos poupar tempo, recursos ou dar-nos segurança. Veja por você mesma: você gosta de ir a um Hipermercado como Big, Extra ou outros? Prefere ser atendida atenciosamente, sem filas, perto da sua casa, não carregar muitas sacolas, ter os produtos que mais gosta e poder comprar pouco, o suficiente para um ou dois dias? Esta é a razão do sucesso das lojas de conveniência de postos de combustíveis. Sabemos que é mais caro, mas tem o que eu quero, do modo como eu quero, não preciso procurar em corredores e está perto de casa, do trabalho, no caminho, perto de algum lugar rotineiramente frequentado. Deixo duas perguntas: quantas vezes por mês as pessoas compram grandes quantidades de mantimentos e bebidas, só para ficar nestas duas categorias de produtos? E quantas vezes por semana as pessoas compram poucas coisas para o dia-a-dia?

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