segunda-feira, 27 de abril de 2009

Criando valor e crescendo na crise.


“Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” (John F. Kennedy - trigésimo quinto presidente dos Estados Unidos)”
Quando JFK, em um discurso, pronunciou estas palavras certamente se referia mais aos Porcos (Baía) do que às crises econômicas. Entretanto ela é por demais atual quando olhamos nossos horizontes e os comparamos com os horizontes Europeus e Norte Americanos. Como nossa crise é muito mais de confiança do que de real falta de dinheiro ou crédito (está menor e mais caro), vide o Presidente do Banco Central Brasileiro afirmando que em dois meses o crédito interno se normalizará, temos que pensar nos dois pontos tocados por JFK. Perigo e Oportunidade. O perigo está na falta de confiança no futuro e na consequente redução inicial do consumo, que durará até que a certeza do não desemprego e da não redução forte da renda se mostre viável. Nestes tempos, para os quais não se pode creditar prazos, devemos pensar em reduzir custos, aumentando margens, de modo a podermos nos manter competitivos. Mas que custos cortar? Inicial e rapidamente os custos indiretos, aqueles que não se referem diretamente ao negócio e cuja redução não afetará a capacidade de venda. Uma redução de 10% nos custos indiretos pode significar a diferença entre encolher ou crescer em tempos de crise. A oportunidade está em entender o momento dos concorrentes e do mercado no qual nos encontramos (pesquisa é fundamental para isto) e verificar se a redução de custos citada nos dará caixa adequado para estes investimentos de comunicação de PDV (atendimento, calendário promocional e treinamento) e de massa (mídia, especialmente regional). Vemos, nestes tempos tidos como bicudos, que empresas de diversos segmentos estão reduzindo custos e investindo para crescer. As áreas de saúde e beleza, especialmente, têm especial oportunidade e já podemos ver empresas como Drogasil inaugurando mais uma loja na Cidade de São Paulo e buscando ser a segunda empresa em faturamento dentro do grupo ABRAFARMA. Segundo Cláudio Ely, Presidente da Drogasil, perto de 73% foi a representação de medicamentos no faturamento total. Entretanto nesta crise e com este perfil de medicamentos do varejo farmacêutico há empresas nacionais e transnacionais de cosméticos (incluindo produtos para cabelo) que estão realizando esforços para entrar neste canal, em clara demonstração de que o apetite de alguns, com custos reduzidos, coragem e ousadia, vai ser a redução do tamanho de outros. O mercado de saúde, beleza e bem estar está se transformando, se concentrando e se tornará um dos mercados de maior crescimento no varejo nacional.

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